segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A doença do professor de português

Sim, isto só pode ser uma doença. Juro que não fico por aí, por vontade própria, caçando erros e inadequações ortográficas. Mas eles pulam aos meus olhos! Acredito ser por conta de ter ganhado a vida, na graduação, corrigindo redações. Eu os vejo nas situações mais indevidas, como, por exemplo, assistindo a um filme com o meu marido. Aí vem aquela legenda maldita e põe e um 's' num lugar de um 'c'. Como não ver??? Tá, podia não comentar ao menos, mas não consigo. Quem me conhece sabe que falo de tudo... como não falaria disso?
Há umas semanas, no Hipertensão, numa noite de domingo, uma legenda gritou para mim um "pedaçinho" e fiquei chocada. Rede Globo!!! Oi? Erro básico assim não dá, né?Vamos acordar. Sabem o pior? Parece que só eu no mundo vi isso. Aí acho que minha doença está num estágio avançado.
No cinema, ontem, vim um trailer do filme novo de Almodovar. O título "A pele que habito". Oi de novo? Tá, não há erro linguisticamente falando, sou sociolinguista e conheço as relativas cortadoras, antes que algum bonitinho venha passar isso na minha cara. Sei que esta construção está consagrada pelo uso e tal. Mas pensa comigo: é Almodovar! Não quererem ser consagrados pelo uso, não é para ser popular (ou é?), é cult. O uso da preposição, então, já caiu por terra. 
É grave ou não é? Ao invés de prestar atençãoem Banderas, que está estrelando o filme, fico fazendo elucubrações, pensando no caminho da mudança linguística do português do Brasil.
Tem remédio para isso ou vou piorar cada vez mais?

2 comentários:

Tigre disse...

Olha que foi a editora. Corrigi textos para editoras bem antes de dar aula e sofro do mesmo mal até hoje. É canetear que apura o olho. rs

Liu disse...

Juliano pra vc!!! =P

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