segunda-feira, 31 de maio de 2010

Lado bom e lado ruim

Sou professora substituta numa universidade estadual e, de verdade, gosto de trabalhar lá. Não sei como é nos outros estados, mas na federal daqui, substituto não é reconhecido, não é respeitado, é dispensado de qualquer forma, sem grandes satisfações, mesmo no meio de um contrato. Já na estadual em que leciono, as pessoas sequer dão importância ao fato de o professor ser substituto, os direitos são iguais, não se atribui mais turmas ao substituto, participamos de comissões e damos parecer sobre a situação dos efetivos sem qualquer problema. Num ato extremo, o direto disse uma vez "Substituto pode ser diretor e até reitor!" rs
Sei que aí já é muito, mas de verdade me sinto gente lá... ou sentia, já que em dezembro meu contrato foi suspenso, no meio do semestre que acabou em março e, por conta da "burrocracia", já estou há 5 meses sem receber. Resultado: parei! Depois de parar, os alunos já fizeram abixo-assinado, já pediram audiência com o reitor etc. Fico com o coração pequenininho de ter que parar, pois se não der certo e eu não voltar, meus alunos perderão o semestre já iniciado... Mas resolvi parar de pensar só neles e pensar em mim tb.
E o que aconteceu gora? Saiu o edital de substituto na federal. Me sinto "obrigada" a fazer, pois a grana extra está fazendo falta, mas juuuuuuro que o que eu queria era que a estadual resolvesse logo meu problema para eu ficar por lá. Ai, que situação!

***

Uma coisa boa, esta semana fui a professora homenageada de um turma. É tão bom ver seu trabalho reconhecido, principalmente porque eu gostava de verdade desta turma. Era recíproco, né?

2 comentários:

Leo disse...

sabe que aqui na USP não tem substituto justamente por causa dessa história de na maioria das universidades o substituto ser mão de obra escrava. acho que na próxima seleção pra substituto aí eu vou me candidatar também! hihihihi...

Clark disse...

Eu sei EXATAMENTE como é essa história de substituto ser “dispensado de qualquer forma”, sem as pessoas se darem sequer ao trabalho de avisar.

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